TEATRO PARA DANÇAR

domingo, 1 de julho de 2012

O Teatro de Cabo Frio Resiste!


Leo Cabral, deixou uma forte marca no teatro Cabofriense. Multiplos
talentos, todos lembram de sua bela atuação e criação de figurinos para
as peças locais!

Sem dúvida que três grandes vitrines do teatro independente de Cabo Frio são: O Grupo Creche na Coxia, o FESQ (Festival de Esquetes de Cabo Frio) e o Ensina em Cena, (oficinas de teatro) ministradas por Fabio de Freitas. Aparte isso, a cidade tem entre altos e baixos uma série de movimentações artísticas que apresentam esporadicamente alguns resultados. São iniciativas que passam por produções independentes, infelizmente em pequeno número. Há também as montagens geradas no teatro através de grupos formados por artistas relacionados ao governo local.
Debora Diniz permanece firme na cidade, a nova
geração se dedicando à formação de atores mirins
através de oficinas no espaço LD.
Desde que cheguei a Cabo Frio, em 2004, vi a cidade cair e levantar, obviamente que, por falta de uma política para o teatro que seja realmente abrangente e consiga dialogar com as forças produtivas da cidade, por outro lado, é fato que, durante a semana do FESQ uma forte onda de energia para o teatro acontece na cidade, trazendo artistas da capital e outros estados brasileiros e também cidades do interior que freqüentam o festival. É um período em que oficinas, debates, textos, montagens e casa lotada, trazem um entusiasmo que cria, ainda que por pouco tempo, uma demanda de energia e injeção de ânimo nos artistas locais.
Rafael Freixo, durante o período que morou
em Cabo Frio, era conhecido dos palcos
locais, hoje, dedica-se a um tipo de teatro 
mais para o experimental.
Em 2011, um fato importante foi a retomada do festival de teatro estudantil, que já está gerando resultados além de marcar presença de pessoas com menos de 18 anos que buscam um fazer teatral. Esses jovens se organizam em grupos mas com uma timidez natural, afinal, a retomada do festival estudantil ainda não está garantida, para que possamos, de fato, afirmar que há um festival estudantil na cidade. Para que esta afirmação ocorra de fato vamos ter que ver o “feito” se repetir por pelo menos 3 anos consecutivos. A prova de fogo será agora, em 2012, ano em que a cidade se organiza em torno de eleições locais.
Marcelo Tosta, uma mistura de Van Gogh e
Rimbaud, um artista que influenciou os
jovens mais ousados do teatro de Cabo Frio!
Apesar de dificuldade tamanha, Cabo Frio nunca jogou a toalha, a julgar pelo fato de ser uma cidade turística e litorânea, que atrai muito mais o prazer da festa fugaz, a cidade parece, aos trancos e barrancos, se render ao ritual do teatro graças a sua base sólida construída num passado que se faz presente. Estamos todos fazendo um grande esforço pelo teatro local mas sempre de forma fragmentada, a julgar pelos múltiplos interesses que envolve os artistas locais, o que não é de todo ruim, pois, como já disse Guimarães Rosa “cada um vê o mundo dum seu modo”!

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