TEATRO PARA DANÇAR

quinta-feira, 19 de julho de 2012

A Transformação de um Artista:

Quem conhece o ator Rodrigo Rodrigues, sabe que trata-se de um autêntico artista no melhor estilo Almodóvar!

Nos palcos do FESQ, Rodrigo
traz uma infinidade de figuras que
 tocam o imaginário do público!
Podemos vê-lo todos os dias em seu restaurante, concentrado, fazendo contas e trabalhando arduamente para atender a sua ótima clientela que costuma comparecer por dois motivos principais: A primeira, obviamente, pela ótima comida servida e o excelente e digno serviço prestado. O outro motivo é para saber quem é, de fato, o artista que arrasa nas noites Cabo Frese e Carioca com suas excelentes performances que vão do improviso ao melhor estilo cabaré.
A arte de Rodrigo Rodrigues, não pode ser mensurada por um padrão acadêmico, escolástico, embora, não seja novidade que, as escolas de teatro hoje, sabem que tem muito aprender com o teatro de cabaré.  O trabalho deste importante ator da Região dos Lagos, demonstra uma espécie de verve cômica, voz e corpo trabalhado com produção impecável e acabamento artístico de primeira, mais do que isso, Rodrigo, no improviso é imbatível.  Aquele tímido cidadão que vemos no restaurante dando um duro no dia-dia é, no fundo,  um observador atento do comportamento humano! E nunca sabemos qual será o novo personagem que ele vai colocar em cena, inclusive esse personagem pode ter muito de nós.
No próximo dia 20 e 21, portanto, essa semana, Rodrigo estará apresentando seu espetáculo "OPS!", com direção de Manuela de Lellis e ao qual tive o prazer de acompanhar em um dos preparativos de ensaio. Claro que não vou revelar aqui a surpresa que este espetáculo proporciona como arte de atuar e diversão garantida para o público,  e nem será necessário, pois, na estréia que o espetáculo "OPS!" fez este ano, estive entre os desafortunados expectadores que deixaram para comprar o ingresso em cima da hora, resultado, LOTADO. Fiquei do lado de fora e saí à francesa...
Sim, Rodrigo lota teatros, e isso não é pouco, numa cidade que dispõe de pouca ou praticamente nenhuma política séria voltada para o teatro e que, apesar de tudo, tem artistas altamente capacitados e fazendo sucesso, como é o caso deste nobre Rodrigo Rodrigues.
Vejamos o espetáculo "OPS!".  Rodrigo está impagável!

Garanta seu ingresso. Não fique de fora...

quarta-feira, 18 de julho de 2012

O Voluntariado no Teatro: Porque os festivais de teatro conseguem sobreviver a tudo?

Artistas, público, estagiários e produtores superam a ausência do poder público através do voluntariado.
No FESQ, o "merdão", reúne artistas e voluntários para
dizer alto e em bom som a palavra que consagra a ação
coletiva do teatro M E R D A!
Uma das grandes forças do festival de esquetes de Cabo Frio (FESQ), é, sem dúvida a energia de seu voluntariado. Pessoas de diversas profissões, jovens e adultos de classes sociais diferentes, ajudam este festival a dar certo. Com isso, o FESQ conseguiu se inserir como uma das grandes vertentes deste tipo de evento no Brasil!

Não foram poucas as idéias que surgiram no evento e foram transplantadas para outros da região e até de outros estados, são festivais que buscam agregar o maior número possível de artistas com a cumplicidade da comunidade local. Uma paulada para o poder público que, focado no embate político, acaba perdendo o bonde da história.
Recentemente, no Niterói em Cena, pude conferir, de perto, o poder dos voluntários, executado, em sua maioria, por estudantes de produção cultural. O evento, que ofereceu horas de estágio para esses estudantes, pode contar com uma equipe eficiente, coordenada por  Yuri Vasconcelos.
A equipe, concentrada na montagem das cenas que iriam entrar logo em seguida, fazia um papel determinante no festival, criando para os artistas, o conforto necessário para mostrar da melhor forma possível o seu trabalho.
Pascoal Carlos Magno (1906-1980) foi o maior voluntário
do teatro Brasileiro, seu legado sobrevive até hoje.
Em São Pedro da Aldeia, 2011, vi a mesma disposição voluntária e fiquei contente de constatar que, como se costuma dizer por aqui “a fila andou/anda”  mesmo que os produtores e articuladores tenham que contar com uma ajuda mínima ou praticamente ausente dos representantes da cultura local, indicados por políticos que foram eleitos pelo voto popular e deviam dar mais atenção ao teatro da região.
A História do voluntariado no Brasil é recente e conta com uma atuação mais determinante a partir dos anos 60, quando o país começou, de fato, a mergulhar nas grandes causas e a lutar pela restituição democrática na busca de resolução para seus problemas. O país teve que enfrentar a pior de todas as suas ditaduras, perpetrada por militares, fazendo assim, uma silenciosa mas eficiente mobilização mobilização da própria população! Com a evolução desta prática o Brasil ainda é um país desproporcional em seu corpo de voluntários e, no teatro, a ação voluntária ainda é pequena, embora, não neguemos que ela sempre existiu e contribui para fazer a diferença.
Talvez, a figura que podemos dizer que foi um verdadeiro voluntário do teatro é, sem dúvida, Pascoal Carlos Magno que devotou  toda sua ação de vida para a melhoria da classe teatral. Ele é responsável pela criação da Aldeia de Arcozelo, em Paty de Alferes, no Rio de Janeiro, um verdadeiro templo de fomento ao teatro amador.

Para conhecer mais sobre a história do voluntariado no Brasil, CLIQUE AQUI.
Conheça um pouco da vida e obra de Pascoal Carlos Magno.

O MERDÃO no 5º Niterói em Cena - 2012

O Merdão no 9º FESQ - Cabo Frio - 2011

terça-feira, 10 de julho de 2012

Uma delícia em discussão!


“Cenas Curtas”, “Esquetes” ou “Sketch”  A pergunta que não quis calar durante o  “5° Niterói em Cena” (Festival de teatro realizado na terra de Araribóia) era o fato de o festival ser de   “Cenas Curtas” ou “Esquetes”.  Cada vez que o assunto era discutido por alguém, o papo, sempre muito divertido, colocava em cheque a visão acadêmica, fechada e resumida de uma idéia que há mais de 10 anos vem ganhando novos contornos no cenário artístico teatral brasileiro

A Atriz Mariana Jacques na cena "Flicts", ela define seu
trabalho como "Solo Narrativo", pequisa feita a partir de
oficinas ministrada pelo ator e diretor Júlio Adrião.
Inspirado na palavra “sketch” sua originária em inglês, Aurélio Buarque, a dicionarizou em português como “Esquete: Pequena cena de revista teatral, rádio ou televisão, quase sempre de caráter cômico”.  Nos deparamos com um conceito definido, resumido, claro e fora da realidade teatral contemporânea!
A definição de Aurélio Buarque dá  “pano pra manga”, considerando que na terra brasilis, lidar com conceitos não é o forte, além do que, as escolas de teatro discutem mas não o aprofundam o conceito. O Brasil, como tudo indica, não é um país “formador de conceitos” antes os adota, considerando cânones originários do velho mundo.
Do lado de cá do atlântico, esquete é entendido como “teatro de curta metragem”, logo, a cena tanto pode ser curta porque nasceu de uma dramaturgia especificamente de fôlego curto como pode ser um corte, a partir de trabalhos grandes, ou seja; na prática, a idéia de “esquete” é flutuante e é captada a partir de vários referenciais tais como: O grupo de teatro, retira de um espetáculo já pronto, com mais de 50 minutos de duração uma cena, dá a ela um acabamento novo e mostra-a em um festival onde o tema é peças com tempo exigido entre 6 a 15 minutos, mais ou menos. 

"O Cuco Nurueguês" - André Rodrigues e Letícia Medella, assumem a improvisação e o jogo  como conceito. 
Mas atualmente os festivais já apresentam uma terceira vertente e até uma quarta, digamos, a terceira se refere aos grupos de mímica, másacara e palhaçaria que, apoiados em outras formas de ver o teatro, trazem cenas improvisadas ou testadas e algumas vezes apenas roteirizadas para mostrar as habilidades do ator, estabelecendo um jogo com a platéia e o júri que não passam pela visão acadêmica que é, muitas vezes, inspirada no teatro romântico francês da época de Moliére. E a quarta, a que eu me referia é mais radical ainda. Estão migrando para o teatro, artistas plásticos de escolas conceituais, a maioria “não atores” levando para o palco uma mistura de cena corporal de ator com uso de vídeoinstalação.
Trupe de Teatro AfroReggae com a cena curta "REI" retirada de um
espetáculo longo e recriada para o formato de cenas esquetes do 5º
Niterói em Cena - 2012.
Dentro deste variado perfil temos todo tipo de “esquete” onde o fator mais preponderante é respeito ao tempo permitido, mais do que um conceito estabelecido. O mais importante, na minha percepção, é que os festivais de teatro consagrado a cenas curtas estão levando um grande número de pessoas curiosas e atentas ao teatro, pessoas de todas as classes e profissões, formando um público renovador e ajudando a encher as casas de espetáculos que estão, aos poucos, revendo seu modo “tradicional” de encarar o teatro.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Niterói em Cena se afirma como um dos grandes festivais do Rio de Janeiro.


O Festival não esqueceu das crianças
e adolescentes, vale conferir.

Niterói em Cena, em sua 5ª Edição está ousando cada vez mais, a equipe decidiu partir pra cima: Criando junto com a mostra de tradicional de esquetes uma mostra infanto infanto-juvenil além do prêmio Dramaturgia. Com uma logística complexa e movida principalmente por paixão pelo teatro,  a UTOPIA PRODUÇÕES tem mais um ano de entrega visceral ao teatro. 

"Uma História Oficial" com o Cortejo Cia. Teatral
será apresentada dia 13, sexta: Direção de Rodrigo
Portella
O Festival Niterói de Esquetes agora é Niterói em Cena. O Festival cresceu e além dos tradicionais esquetes, proporcionará ao público da cidade de Niterói a Mostra Infanto-Juvenil (esquetes para crianças e jovens) e a Mostra de Peças Adultas. Além disso, implementamos um prêmio que contemplará jovens autores teatrais: o Prêmio Dramaturgia.
O Festival será realizado no Teatro Municipal de Niterói entre os dias 4 e 15 de julho, conforme programação abaixo:
·                   dias 04, 05, 06, 07 e 08 de julho (quarta a domingo), às 20h – Mostra de Esquetes Adultos. A cada dia, seis esquetes se apresentarão no Festival. É importante ressaltar que estes trabalhos possuem gêneros e linguagens artísticas distintas, cumprindo o objetivo de representar um panorama do que é produzido teatralmente.
·                   dias 07 e 08 de julho (sábado e domingo), às 16h - Mostra de Esquetes Infanto-Juvenis. Destinada ao público infantil e jovem, esta Mostra trará esquetes que dialoguem com este universo. Assim como a Mostra Adulta, trará trabalhos com temáticas e linguagens diferentes, o que enriquecerá muito a experiência da plateia, que entrará em contato com a diversidade teatral.
Dia 14, um texto do consagrado autor Jô Bilac com
o grupo "Os Despretensiosos" direção de Paulo Merísio
O Festival de Esquetes está na 5ª edição e é um enorme sucesso na cidade entre o público, que já se acostumou ao formato de peças curtas e divertidas. Agora, as crianças e adolescentes também poderão curtir este formato da produção teatral. Boas risadas são garantidas! O apresentador performático anima a todos com seu humor baseado no improviso, na acidez e na alegria dando ao evento um clima leve e descontraído.
Idealizado em 2005 pelo produtor Fabio Fortes, com a intenção de inserir Niterói no roteiro de encontros teatrais do país, o projeto proporciona o encontro e a troca de experiências entre artistas e produtores culturais vindos de diferentes municípios. Este ano, o evento cresceu, alçando voos mais altos com a implementação de novas categorias que prestigiam crianças e jovens, com a Mostra Infanto-Juvenil; valorizam a arte dos dramaturgos, com o Prêmio Dramaturgia e abrem espaço para a apresentação de montagens de peças longas, com a Mostra Adulta - Peças. Esta última, será ampliada nas próximas edições e quem se beneficiará disso é, fundamentalmente, a população de Niterói.
Poderão ser vistas apresentações de grupos teatrais de cidades como: Niterói, São Gonçalo, Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo. Também participarão atores de outros estados, incluindo amadores e profissionais, bem como grupos teatrais de escolas de Teatro como Tablado, Martins Penna e UNIRIO.
Como se tudo isso não bastasse, ao final de cada dia, temos um debate entre artistas, críticos e público para discutir o que foi apresentado, falar sobre as escolhas e linguagem de cada grupo e debater, de modo geral, o cenário teatral. O público poderá opinar, tirar dúvidas, conhecer a trajetória dos que se apresentaram e, ao final, votar em seu esquete favorito para eleger a melhor cena segundo o Júri Popular. 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

ESLIPA - Escola Livre de Palhaços, oportunidade para quem quer vivenciar a arte da palhaçaria!

Aulas intensas, convívio com mestres e uma taxa de quase
100% de permanência, mostra uma escola com pedagogia
contemporânea!
Certamente que o ano de 2012 será um marco para a história do circo-teatro no Rio de Janeiro, mais que isso, um ano em que não só aprovou-se a lei que permite aos artistas trabalharem nas ruas sem serem molestados pela polícia que, agora, “passou para o nosso lado” (,Lei do Artista de Rua, Nº 5429), mas também pelo fato de que foi ano em que se criou a ESLIPA, “Escola Livre de Palhaços”, que era um sonho antigo do grupo OFF SINA. A escola foi inaugurada no início do ano e está a todo vapor! 

Já logo de início, constamos que a ESLIPA é um espaço de inclusão artística e com grande potencial de beneficiamento dos artistas que vivem no interior. Com um horário flexível e totalmente focada no compromisso, a escola vem mantendo, desde seu início, praticamente 100% dos alunos que se matricularam e, o que é mais bonito ainda, está se fortalecendo, criando regras coletivas que estimulam um pensar livre e um compromisso real, sem vícios de relacionamento entre professor e aluno. 
Durante a semana de convivência com um mestre, os alunos já tiveram acesso a nomes de peso da arte do circo, teatro, mímica além de contato com teóricos que estão ajudando a pavimentar e estruturar o caminho artístico escolhido por quem faz parte da ESLIPA; e isso não é pouco, considerando que a arte da palhaçaria ainda carece de escolas no Brasil. 
A forma de iniciar as aulas é totalmente ritual, permitindo rodas, sentar no chão e manter uma comunicação multilateral com uma interlocução entre alunos e professores, um ambiente onde não se ensina e sim aprende-se o tempo todo e juntos, alunos e mestres, fazem fluir o conhecimento e promovem descobertas incríveis para a arte do palhaço. 

Espaço para troca de idéias e tomada coletiva de algumas decisões
faz os alunos exercitarem seu pertencimento a este belo projeto!
Depois de intensa convivência e troca no espaço das aulas, os alunos fazem experiências nas ruas, guiadas pelos mestres e ainda desfrutam do espaço cativo pelo grupo Off Sina, no Largo do Machado, onde existe uma programação regular de apresentações tanto do grupo em si, como de convidados ilustres e todos abertos para a participação coordenada dos alunos que, inclusive, já fizeram um belo espetáculo dirigido pelo palhaço Biribinha!

Para mais informações sobre a ESLIPA, visite o blog do gruo Off Sina

CURTA DOIS VÍDEOS SOBRE A ESLIPA FEITOS PELA TV POSSÍVEL

domingo, 1 de julho de 2012

O Teatro de Cabo Frio Resiste!


Leo Cabral, deixou uma forte marca no teatro Cabofriense. Multiplos
talentos, todos lembram de sua bela atuação e criação de figurinos para
as peças locais!

Sem dúvida que três grandes vitrines do teatro independente de Cabo Frio são: O Grupo Creche na Coxia, o FESQ (Festival de Esquetes de Cabo Frio) e o Ensina em Cena, (oficinas de teatro) ministradas por Fabio de Freitas. Aparte isso, a cidade tem entre altos e baixos uma série de movimentações artísticas que apresentam esporadicamente alguns resultados. São iniciativas que passam por produções independentes, infelizmente em pequeno número. Há também as montagens geradas no teatro através de grupos formados por artistas relacionados ao governo local.
Debora Diniz permanece firme na cidade, a nova
geração se dedicando à formação de atores mirins
através de oficinas no espaço LD.
Desde que cheguei a Cabo Frio, em 2004, vi a cidade cair e levantar, obviamente que, por falta de uma política para o teatro que seja realmente abrangente e consiga dialogar com as forças produtivas da cidade, por outro lado, é fato que, durante a semana do FESQ uma forte onda de energia para o teatro acontece na cidade, trazendo artistas da capital e outros estados brasileiros e também cidades do interior que freqüentam o festival. É um período em que oficinas, debates, textos, montagens e casa lotada, trazem um entusiasmo que cria, ainda que por pouco tempo, uma demanda de energia e injeção de ânimo nos artistas locais.
Rafael Freixo, durante o período que morou
em Cabo Frio, era conhecido dos palcos
locais, hoje, dedica-se a um tipo de teatro 
mais para o experimental.
Em 2011, um fato importante foi a retomada do festival de teatro estudantil, que já está gerando resultados além de marcar presença de pessoas com menos de 18 anos que buscam um fazer teatral. Esses jovens se organizam em grupos mas com uma timidez natural, afinal, a retomada do festival estudantil ainda não está garantida, para que possamos, de fato, afirmar que há um festival estudantil na cidade. Para que esta afirmação ocorra de fato vamos ter que ver o “feito” se repetir por pelo menos 3 anos consecutivos. A prova de fogo será agora, em 2012, ano em que a cidade se organiza em torno de eleições locais.
Marcelo Tosta, uma mistura de Van Gogh e
Rimbaud, um artista que influenciou os
jovens mais ousados do teatro de Cabo Frio!
Apesar de dificuldade tamanha, Cabo Frio nunca jogou a toalha, a julgar pelo fato de ser uma cidade turística e litorânea, que atrai muito mais o prazer da festa fugaz, a cidade parece, aos trancos e barrancos, se render ao ritual do teatro graças a sua base sólida construída num passado que se faz presente. Estamos todos fazendo um grande esforço pelo teatro local mas sempre de forma fragmentada, a julgar pelos múltiplos interesses que envolve os artistas locais, o que não é de todo ruim, pois, como já disse Guimarães Rosa “cada um vê o mundo dum seu modo”!