TEATRO PARA DANÇAR

domingo, 2 de junho de 2013

Núcleo de Dramaturgia do Oficena (NUDRA) - Nathally

Nathally Amariá A. B. De Andrade.

brasileira, nascida no dia 15 de dezembro de 1994, em Cabo Frio, uma cidade no interior do Rio de Janeiro. 

Foi criada na mesma cidade em que nasceu por sua família, que por serem musicos, sempre a incentivou a arte.

Nathally Amariá foi uma criança que amava ler e começou a escrever poemas aos 11 anos.

Em 2012 terminou o ensino médio e se formou em professora no Instituto de Educação Professora Ismar Gomes de Azevedo, onde fez o curso normal.

Atualmente, Nathally Amariá mora em Cabo frio, estuda teatro e dramaturgia no Teatro Municipal de Cabo Frio; escreve textos, poesias e peças. Atualmente é professora e leciona em escola pública.


DO OUTRO LADO DA RUA

(texto de Nathally Amariá inspirado no conto “Homem que bebe sozinho” de Eduardo Galeano)

Personagens:

Edgar: Homem de uns 30 anos, sozinho, deprimido, estranho e observador.

Garçonete: Mulher de uns 20 anos, e que também é stripper. E vive mastigando chiclete.

Barman.

5 homens assassinos.

5 Dançarinas/Strippers.

A mulher dos peitos.

Figurantes.

Cenário 1 - Lanchonete: Um lugar claro, um balcão de frente pra porta de entrada, 3 mesas do lado direito e 3 do lado esquerdo, sobre as mesas uma toalha de mesa quadriculada.

Cenário 2 - Casa de Stripper: Um lugar com poucas luzes avermelhadas e outras azuis. Do lado direito da porta de entrada há um balcão onde o barman fica, e de frente para o balcão há um palco onde as sitrppers/dançarinas se apresentam. Há mesas redondas e cadeiras pela casa.

Cena 1

Edgar volta do trabalho e entra em uma lanchonete. Assim que se senta, uma garçonete vem anotar seu pedido.

Garçonete: Boa noite, qual é seu pedido?

Edgar: Quero um copo de leite.

Garçonete: Ok. Mais o que?

Edgar: Só isso.

(Garçonete sai em direção ao balcão, e antes que ela chegue Edgar a chama).

Edgar: Ei garçonete, por favor. Você sabe me dizer que lugar é esse aí na frente?

Garçonete: É uma casa de stripper. Por que? O senhor está interessado? (se insinua pra ele) Eu trabalho lá nos fins de semana. Toma meu cartão. (Ela tira um cartão de dentro do decote)

(Garçonete volta para o balcão, e Edgar fica desconcertado).

(Garçonete volta com o leite dele e sorri para ele).

(Edgar começa a tomar seu leite e observa tudo em sua volta. As outras pessoas na lanchonete, a garçonete quem também é stripper fazendo bola com o chiclete e do outro lado da rua a casa de stripper que chama muito sua atenção).

Cena 2

(Na casa de stripper há 5 mulheres no palco fazendo uma apresentação de burlesque, ficando seminuas e recebendo dinheiro de homens abjetos).

(Edgar entra na casa de stripper e senta no canto, perto do bar. Acende um charuto e fala com o barman).

Edgar: Por favor, eu quero um copo de leite.

Barman: (debochando) Você tem quantos anos? (risos) Leite? Você está brincando comigo né?

(Nesse momento entram na casa 5 homens com capuz atirando para todos os lados). (Gritos)

Blackout

Epílogo

(Edgar continua sentado em seu lugar e vê tudo quebrado, pessoas mortas e muito sangue).
(Edgar levanta, dá a volta no balcão e começa a falar).

Edgar: Mas que porra! Você não pode nem mais tomar um copo de leite nessa cidade sem antes tomar a porra de um tiro?

(Edgar pega a caixa de leite e vira em sua boca tomando-o desesperadamente, começa a andar pelo salão e sente uma fisgada no coração. Ele coloca a mão e a olha, sua mão está pintada com sangue).

Edgar: (rindo) Puta que pariu, puta que pariu, estou morto. (gargalhando)Sou um homem de sorte mesmo, morri tomando leite, fumando meu charuto e vendo peitos.

(Edgar cai sobre os peitos de uma mulher e enfim morre).

Fim

Um comentário: