TEATRO PARA DANÇAR

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

TEATRO LOTADO NO FESQ 2013


Diário do FESQ – Primeio e segundo dia



Até agora, 14 trabalhos passaram pelo palco do TIAM (Teatro Inah Azevedo Mureb). Foram muitas e variadas emoções, sensações que vão do drama à comédia, da tregédia à farsa, da inventividade à reinvenção da linguagem teatral. Uma mistura de diversos estilos, possibilidades e criações, tudo a serviço da carpintaria teatral, realmente, um mergulho na arte, na poesia, na sensibilidade e na percepção real do mundo, através da arte do TEATRO.

Alguns momentos marcantes como o retorno, dessa vez mais agressivo, dos grupos locais, com cenas feitas por artistas da cidade. A trupoe Andarilhos, supreendeu com uma comédia de altíssimo nível e a afirmação definitiva da atriz Tainá Lasmar, que marcou presença no 9º FESQ (2012) e de lá pra cá não parou mais. O grupo Creche na Cochia que, com sua linguagem já firmada no cenário nacional, voltou à cena depois de um longo jejun de participações no festival local. Dessa vez, trazendo, além de ótiam performance coletiva, o destaque estupendo do trabalho corporal da atriz Vivi Medina e a estréia honrosa do ator Ivan Alves.

Rodrigo Rodrigues, nos brindou com sua nova personagem, Rejane, uma cearense juvenil, espevitada, que fazia o público viajar em seus apartes antológicos, desta vez, a “vendedora de abrosia” mostrou total domínio de palco e trabalhou duro para que o FESQ não fosse levado por alguns expectadores mal educados que levam crianças (quase bebês) para assistir aos espetáculos mas acabam na gente da cena, torturando as crianças e atrapalhando os artistas. Rodrigo foi elegante e soube, de forma bem humorada, recuperar o momento, e não deixar a peteca cair.

O FESQ demonstrou grande amadurecimento, com o grupo de voluntários e contratados do evento, atentos e trabalhando duro pelo coletivo e, principalmente, para fazer a platéia se sentir “em casa”. Foram muitos os momentos altos das duas noites, com ótimas comédias, tragédias e dramas e até cenas de palhaçaria, com o funcionamento a todo o vapor do debate do dia seguinte e o comparecimento em massa dos artistas presentes no festival.

Destaque também para a bela homenagem, na arena cultural, que funciona antes do início da cessão de esquetes. Uma bela homenagem ao poeta Paulo Silveira, com um belo varal poético, saudando a passagem deste nobre e tão amado lietarato da cidade. A presença marcante do poeta Diego Sá com sua bela interferência em forma rap e declamações, destacando um momento singelo onde o FESQ abre, também, suas portas para a literatura. Aliás, entre os poetas presentes, um da nova geração, Miguel Lima, que com sua timidez de costume, não perdeu a chance de mostrar porque, a boa poesia independe de “declamadores”, se o texto é bom o público ouve e respeita.

Das 14 peças já apresentadas, nos dias 17 e 18, ficou a certeza de que a qualidade artística está cada vez mais forte e o encontro cada vez mais potente, levando a arte do teatro à categoria popular na medida em que, também mergulha na essência artística e no pensamento desta arte milenar. O FESQ está fazendo bonito e não faltam cidadãos cabofrienses orgulhosos de ver seu teatro mais uma vez, LOTADO!

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