TEATRO PARA DANÇAR

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Dio Cavalcanti em Cabo Frio.

Conheço Dio Cavalcanti desde 2004, quando vim morar em Cabo Frio, durante os últimos 10 anos, pude acompanhar seu crescimento artístico e hoje, Dio é protagonista de sua carreira. Com uma linguagem atraente para todas as idades, ele conseguiu uma proeza. Seu canto é recheado de cena artística e sua linguagem vai do virtuose à composição além de uma pegada diferenciada na música. Um show que vai juntar visual e arte, palhaçaria e teatro e tudo com uma seleção musical de seu riquíssimo repertório. Agora, estamos todos, esperando com muita fúria, a chegada de seu novo show, com uma estréia retumbante em Cabo Frio.

Dio Cavalcanti em “Viés de Mim”
(Press Release)

“De perto ninguém é normal”, “De gênio e louco todo mundo tem um pouco”, “Louco é quem me diz que não é feliz”. Essas são expressões que relativizam este tão famoso estado de alma. Mas o que é loucura? O que é Utopia? Digamos que tudo que nos foge à realidade, que se esquiva do comum, que escapa do que é ordinário – ordinário no sentido de cotidiano – é considerado uma insanidade e, portanto, extra-cotidiano. “Pra mim a loucura é apenas um estado de ação. Ela pode ser altamente libertadora. ou limitadora. E essa resolução depende de muitos fatores.” No espetáculo “Viés de mim” Dio pretende trabalhar sobre a sutileza, a singeleza e a poesia da loucura, utilizando este lugar extra-cotidiano como mote para uma abertura lírica e poética sobre o tema. Nesta nova empreitada ele utilizará música, teatro e clown para viver e cantar sua visão de mundo. As composições são todas autorais. São criações que ao longo de 12 anos ele acumula. O cenário é de um manicômio estilizado. As cenas terão como alicerce as linguagens que ele pesquisa como ator, principalmente a do clown. 
O show terá a participação de três palhaços do núcleo de pesquisa “Ambulatório de Palhaços” que o próprio Dio coordena. Além da participação de três compositores da cidade. São eles: Azul Casu, Ivan Alves e Paulo Mou. “Os palhaços serão os ‘cuidadores’ desse manicômio estilizado que será montado no palco. O palhaço por si só já é uma figura transgressora que se expõe ao ridículo para flagrar, denunciar ou apenas insinuar suas próprias mazelas e conseqüentemente as mazelas da sociedade.” Dio. A grande cartada do espetáculo é tratar o tema da loucura através da relação desses ‘cuidadores-palhaços’ com o eu lírico do Dio trancado neste ambiente comprimido e ao mesmo tempo avassalador.

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