O Brasil revela uma geração de artistas num caminho de profunda busca, aparentemente solitária, mas totalmente comprometidos com a arte do "Solo Teatral". Uma forma de expressão do ator, que desenvolveu-se a partir do monólogo e da performance, tendo hoje, como ponta de lança, Julio Adrião e Denise Stoklos fazendo a cabeça das novas gerações!
É no rastro dessa nova tendência, que na verdade veio com fúria no final dos anos 80 com a intervenção poderosa de Denise Stoklos e seu teatro essencial, que nasceu o conceito do FestSolos, o primeiro festival de cenas curtas focadas na ação de artistas que conquistaram a cena teatral com seus trabalhos individuais.
É no rastro dessa nova tendência, que na verdade veio com fúria no final dos anos 80 com a intervenção poderosa de Denise Stoklos e seu teatro essencial, que nasceu o conceito do FestSolos, o primeiro festival de cenas curtas focadas na ação de artistas que conquistaram a cena teatral com seus trabalhos individuais.
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Karol Schittini escreveu seu próprio texto. |
Desde que Ricardo Bandeira, o
mímico Carioca, radicado em São Paulo, começou a circular pelo Brasil com
suas apresentações solos, por volta da década de 50, muita gente começou a
descobrir uma arte que, durante muito tempo, ficou escondida nos porões do
teatro brasileiro, A Arte do Monólogo que foi se transformando e ganhando novos
adeptos. O monólogo permaneceu como uma incógnita e, muitas vezes, era uma
justificativa para atores famosos ganharem dinheiro e aproveitarem para surfar
na crista da onda do sucesso.
Finalmente, tempos depois, Denise
Stoklos, começou a delinear, através de seu Teatro Essencial algo que no Brasil
passou a ser conhecido como SOLO TEATRAL, um tipo de teatro feito
essencialmente pelo ator, com ou sem a intervenção de um diretor; com ou sem
intervenção de um dramaturgo.
O Solo teatral cresceu em todo o
Brasil e foi se transformando em diversas nomenclaturas: Monólogo, Solo
Narrativo, Solo Teatral e por aí vai. Mas uma coisa é fato, hoje, o universo
das artes cênicas conta com um número considerável de artistas presentes na cena contemporânea e trazendo trabalhos
que colocam apenas O ATOR em cena, independentemente da ideia ter partido de
uma texto literário, teatral e contar com a intervenção de um diretor.
Muitas
vezes, o próprio ator, vai inserindo em sua pesquisa pessoal o gesto definitivo
e/ou, a pesquisa que faltava ao seu trabalho, podendo até, muitas vezes, abrir
mão da intervenção de elementos outros que não sejam aqueles que partem dele
próprio.
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Tainá Lasmar, praticamente iniciou sua vida teatral a partir do solo "Fabulamente" dirigido por Fabio de Freitas. |
O universo do Solo Teatral é
amplo mas ainda em discussão no Brasil e provavelmente no mundo, se remontarmos
a história dos atores que trabalham sozinhos podemos chegar a algo próximo à “idade
da pedra”, na verdade, a solidão sempre
foi uma opção e o que parece um fardo para alguns, para outros é um exercício estético
de novas descobertas e conexões com o universo artístico e o mundo em geral.
Entendo que estamos numa fase de grande fertilidade para a arte do teatro Solo,
criamos o FestSolos, mais um filho gerado nos bastidores do FESC, o tão querido
Festival de Teatro de Cabo Frio.